
"Falta de informação pode pôr em causa grandes investimentos nos leilões offshore"

"O leilão é já para o ano e ainda não há dados disponíveis para os promotores avaliarem os seus investimentos e planearem as licitações. Isso pode pôr em causa a participação no leilão. Não precisam de inventar a roda, basta seguirem o que já foi feito noutros leilões, pelo mundo".
A questão, segundo à Marianne Beck Hassl, é que para os promotores de projetos de energias renováveis "está muito dinheiro em cima da mesa, e para participar num leilão há muito trabalho que tem de ser feito com bastante antecedência para podermos apresentar a melhor oferta. Só para mitigar riscos, são necessários dados de pelos menos um ano. E não temos essa informação disponível agora".
Outra forma de mitigar riscos são os subsídios à tarifa: "Podem ser usados e acho que não vamos conseguir sem isso". Quanto à meta de 10GW até 2030, disse ser "muito ambiciosa", mas possível, com o enquadramento regulatório certo e uma rede elétrica nacional que "possa acompanhar este crescimento exponencial e absorver a energia produzida".
Em referência à capacidade da rede elétrica, a responsável da Ørsted deu como exemplo a Dinamarca, que no passado tinha um modelo centralizado e de desenvolvimento da rede (tal como Portugal hoje) e agora são os próprios promotores dos projetos renováveis que investem na expansão da rede.
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